Jazz roots


"Jazz music is a language of the emotions." - Charles Mingus

Black music in America retained many features of African culture, where the tradition of the community, rhythms emphasized and great improvisation in performance, confirm this assertion. Even with the prohibition of musical events among slaves by white slavery population, the African tradition has assimilated elements of Western culture by adding thereto, rhythm, emotion and freedom in the use of words.
The kidnapped Africans brought with them to America, medicinal plants, a few personal belongings, plus a whole load cultural intuitive. In turn, American colonists forbade their slaves to make use of drums and other musical instruments. This posture was due to fears that the approaching slave to his cultural background, would raise riots and possible uprisings. The level of the prohibitions was such, that even the use of dialects and native languages, was liable to heavy penalties by the settlers. This attitude had as main objective, to change the corporate unity of ethnic groups among the slaves, so it could be exercised more control over them, because without identity, there could be no cohesion among the captives. Even with all the cultural restrictions, while the slaves worked on plantations or in the construction of railroads, created and sang songs endowed with pace, without the accompaniment of musical instruments and with their improvised melodies. These songs came to be called work songs or field hollers. Usually one person started singing and the other responded, repeated or improvised. Thus the folk music of black origin has undergone a rapid process of evolution, where the English language provided the words for black speech and songs, and thus created a jazz language that develop based on four pillars: the blues, spirituals, gospel and ragtime.
(African oral tradition and the roots of jazz by Ricardo Annanias)



A música negra na América manteve muitas características da cultura africana, onde a tradição da coletividade, ritmos enfatizados e grande improvisação na execução musical, confirmam tal afirmação. Mesmo havendo a proibição de manifestações musicais entre os escravos por parte da população branca escravagista, a tradição africana passou assimilar elementos da cultura ocidental adicionando aos mesmos, ritmo, emoção e a liberdade no uso das palavras.
Os africanos sequestrados trouxeram consigo para o continente americano, plantas medicinais, poucos pertences pessoais, além de toda uma carga cultural intuitiva. Por sua vez, colonos americanos proibiam os seus escravos de fazerem uso de tambores e outros instrumentos musicais. Tal postura era devido ao receio de que a aproximação do escravo à sua origem cultural, pudesse despertar revoltas e eventuais sublevações. O nível das proibições era tamanho, que até mesmo o uso de dialetos e línguas nativas, era passível de pesadas punições por parte dos colonos. Esta postura tinha como principal objetivo, desfazer a unidade corporativa dos grupos étnicos entre os escravos, sendo assim, poderia ser exercido um maior controle sobre os mesmos, pois, sem identidade, não poderia haver coesão entre os cativos. Mesmo com todas as restrições culturais, os escravos enquanto trabalhavam nas plantações, ou na construção das estradas de ferro, criavam e cantavam canções dotadas de ritmo, sem o acompanhamento de instrumentos musicais e dotadas de melodias improvisadas. Estas canções passaram a ser chamadas de work songs ou canções de trabalho, também chamadas de field hollers. Geralmente uma pessoa iniciava o canto e as demais respondiam, repetiam ou improvisavam. Dessa forma a música folclórica de origem negra passou por um rápido processo de evolução, onde a língua inglesa forneceu as palavras para o discurso negro e para as canções, sendo criada assim uma linguagem jazzística que se desenvolveria a partir de quatro pilares: os blues, os spirituals, o gospel e o ragtime.
(A tradição oral africana e as raízes do jazz por Ricardo Annanias)

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-24112009-161055/publico/RICARDO_ANNANIAS.pdf

http://northbysouth.kenyon.edu/2002/Music/Pages/worksongs.htm