"Working with Monk brought me close to a musical architect of the highest order. I felt I learned from him in every way: through the senses, theoretically, technically. I would talk to Monk about musical problems, and he would sit at the piano and show me the answers just by playing them. I could watch him play and find out the things I wanted to know. Also, I could see a lot of things that I didn't know about at all." - John Coltrane
Sayin' something
"It's the group sound that's important. You have to know the instruments & how to back them up. That's Jazz." - Oscar Peterson
The interplay among drums, bass, and piano in the rhythm section has generally been taken for granted in historical descriptions and analyses of jazz improvisation despite its importance in establishing the feeling and character of a performance. Soloists in the front line rely upon rhythm section players to improvise appropriate rhythmic feels or grooves against which they can weave their improvised melodies. An imaginative rhythm section can inspire a soloist to project his or her most vibrant voice, while disinterested accompaniment can thwart even the strongest artist. Since the late 1920's, when the extended improvised solo became one of the most prominent characteristics of the music, those fascinated by the beauty, power, and complexity of the jazz tradition have focused primarily upon the activities and achievements of individual soloists without considering the enabling function of the accompanists. Although the personal quality of the improviser - his or her magical projection o soul and individuality by musical means - has been rightfully at the core of what writers have wished to emphasize, the time has come to take a broader view of jazz improvisation and its emotional and cultural power.
When a musician successfully reaches a discerning audience, moves its members to applaud or shout praises, raises the energy to dramatic proportions, and leaves a sonorous memory that lingers long after, he or she has moved beyond technical competence, beyond the chord changes, and into the realm of "saying something". Since sayin' something - as it's usually pronounced - requires soloists who can play, accompanists who can respond, and audiences who can hear within the context of the richly textured aural legacy of jazz and African American music, this verbal aesthetic image underscores the collaborative and communicative quality of improvisation. A moment of community, whether temporary or enduring, can be established in such moments through the simultaneous interaction of musical sounds, people, and their musical and cultural histories.
(Saying something - jazz improvisation and interaction by Ingrid Monson)
A interação entre bateria, baixo e piano na seção rítmica geralmente tem sido dada como certa em descrições históricas e análises da improvisação jazzística, apesar da sua importância na criação do sentimento e das características de uma performance. Solistas na linha de frente confiam em músicos da seção rítmica para improvisar sentidos rítmicos adequados ou encaixes contra os quais, eles podem tecer suas melodias improvisadas. Uma secção rítmica imaginativa pode inspirar um solista para projetar a sua voz mais vibrante, enquanto o acompanhamento desinteressado pode frustrar até o artista mais calejado. Desde o fim de 1920, quando o solo improvisado prolongado tornou-se uma das características mais proeminentes da música, aqueles fascinados pela beleza, poder e complexidade da tradição do jazz têm se concentrado principalmente sobre as atividades e realizações dos solistas individuais, sem considerar a hábil função dos acompanhantes. Embora a qualidade pessoal do improvisador - a mágica projeção de sua alma e individualidade por meio musical - foi justamente o cerne do que os escritores quiseram enfatizar, chegou a hora de ter uma visão mais abrangente da improvisação do jazz e sua força emocional e cultural.
Quando um músico de sucesso chega a um público exigente, incita sua audiência a aplaudir ou louvar, aumenta a energia para proporções dramáticas, e deixa uma memória sonora que perdura muito tempo depois, ele ou ela se moveu para além da competência técnica, além das mudanças de acordes, e no reino de "dizer algo". Desde que dizer algo, requer solistas que podem tocar, acompanhantes que possam responder, e audiências que possam ouvir no contexto da rica textura sonora do legado do jazz e da música afro-americana, esta imagem estética verbal ressalta a qualidade de colaboração e comunicação da improvisação. Um momento de comunidade, quer seja temporária ou duradoura, pode ser estabelecido em tais ocasiões, através da interação simultânea de sons musicais, das pessoas e das suas histórias musicais e culturais.
(Dizendo algo - a improvisação e a interação jazzística por Ingrid Monson)
http://www.ebookee.net/Saying-Something-Jazz-Improvisation-and-Interaction_821500.html
Posted by
Augusto Senna